POR QUE NÃO À DIVINA MISERICÓRDIA?




 

Poucos os católicos em nossos dias estão cientes disto, mas é algo importante de ser informado, principalmente aos fiéis mais simples para que não caiam em erros contra a fé.

 A famosa devoção da Divina Misericórdia, proposta pela Irmã Faustina Kowalska da Congregação das irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia em 1938, difundida e instituída como uma festa no calendário Novus Ordo por S.S. Papa João Paulo II no ano 2000, possui tantos erros e absurdos que não poderia deixar de falar sobre os mesmos.

Condenações da Igreja à suposta devoção.

Há dois decretos de Roma sobre esta questão, ambos do tempo de S.S. Papa João XXIII.

·         A Suprema congregação do Santo Ofício em Reunião Plenária em 19 de Novembro de 1958 tomou as seguintes decisões:

 

- A Natureza das revelações sobrenaturais feitas à irmã Faustina não é evidente, nenhuma festa da Divina Misericórdia deve ser instituída.

 

-É Proibido divulgar imagens e escritos que propaguem esta devoção da forma recebida pela irmã Faustina.

 

·         O Segundo decreto do Santo Ofício é de 6 de março de 1959, onde foi estabelecido o seguinte:

 

-A difusão de imagens e textos que promovem a devoção à Divina Misericórdia sob a forma proposta pela mesma irmã Faustina foi proibida.

 

-Deve ser delegada à prudência dos Bispos o dever de remover as imagens acima referidas, que eventualmente tivessem já sido expostas ao culto.

 

Os erros doutrinários desta devoção.

Embora os decretos do Santo Ofício não expliquem o porquê desta devoção ter uma origem duvidosa e provavelmente demoníaca, nós conseguimos compreender que as razões que levaram às condenações estão no fato de que a mesma devoção dá uma ênfase enorme na misericórdia de Deus excluindo completamente a sua justiça.

 

·         Todo o aspecto da reparação de nossos pecados e da necessidade de penitência é completamente omitido nesta devoção, não é atoa que ela é tão difundida nos meios “católicos” modernos e liberais como por exemplo na RCC e afins. 

 

·         A Verdadeira Misericórdia de Nosso Senhor encontramos na devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Atravessado pela lança, coroado de espinhos e gotejando seu preciosíssimo sangue. A Devoção ao Sagrado Coração exige uma necessidade de reparação conforme os Papas sempre solicitaram

 

·         Uma anedota em relação à Divina Misericórdia é que em sua imagem vemos Nosso Senhor com o seu peito aberto sem o seu Sacratíssimo Coração, isto é algo simbólico a se notar de como a Divina Misericórdia rivaliza frontalmente com a devoção ao Sagrado Coração. Enquanto uma devoção apresenta de maneira visível os danos de nossos pecados ilustrados e a necessidade de penitência, a outra omite totalmente este aspecto fundamental da vida cristã. Isto é um fator crucial que faz da Divina Misericórdia muito incompleta e nos faz suspeitar de sua origem divina.

 

Heresias e afirmações absurdas no Diário da Irmã Faustina.

 

·         Nossa Senhora de Fátima revela aos pastorinhos em 1917 que se os homens não se emendassem, viria um grande castigo sobre as nações na forma de uma Segunda Guerra Mundial, e que a Rússia espalharia seus erros pelo mundo, e que várias nações seriam aniquiladas.

 

-Faustina Kowalska em seu diário, escreve que "Jesus" disse estas palavras: "Eu vejo que seu amor é tão puro; mais puro do que os anjos, e ainda mais porque você persevera na luta. Para o seu bem, eu abençoarei o mundo." (Pag.400, 1937) Será que a Segunda Guerra Mundial foi uma benção para o mundo?

 

-E como Faustina Kowalska poderia ser mais pura que um anjo? se todos nascemos com a mancha do pecado original, exceto a Virgem Maria? Seria ela superior a Nossa Senhora? Tal é o absurdo.

 

·         Isenta de julgamento: Faustina afirma que Nosso Senhor lhe disse que ela seria isenta de julgamento. Em 4 de fevereiro de 1935 ela disse que ouvira esta voz em sua alma "A partir de hoje nenhum medo do julgamento de Deus, porque não serás julgada" (pág.168). Ora, a tradição conta que até Santo Tomás passou pelo purgatório antes de ir aos céus.

 

·         Comunhão na mão: Na página 23 do diário da Irmã Faustina, é dito: "e a hóstia saiu do tabernáculo e pousou nas minhas mãos, e eu, com alegria, coloquei-a de volta no tabernáculo. O mesmo sucedeu-se uma segunda vez, e eu de igual forma agi. E, por surpresa, aconteceu uma terceira vez...." Estaria ela se colocando no lugar do sacerdote, que somente este pode tocar no Santíssimo. Estaria ela aprovando a comunhão na mão, causando sacrilégios e levando o leigo ao nível de sacerdote. Na Página 643, lemos que a Irmã Faustina disse após receber a comunhão: "Jesus, transformai-me noutra hóstia! (...) Sois grande e todo poderoso; está em vosso poder conceder-me tal Favor. E o Senhor respondeu-me: "Tu és uma hóstia viva."

 

·         Vaidade e presunção da Irmã Faustina: Na Página 583 nos relata que quando a religiosa leu sobre a canonização de Santo André Bobola encheu-se de lágrimas e anseios para que sua congregação pudesse ter seu próprio santo, em seguida, ela afirma o seguinte: “E o Senhor Jesus me disse ‘Não chores, você é esta Santa’ “. Estas são palavras que com certeza nenhum verdadeiro santo iria afirmar, mas sim sua miséria e pecaminosidade.

·         Superior à Virgem Maria: Na página 288 "Jesus" disse: "E por isso que me uno a ti de uma forma tão intima que não é equiparável a qualquer outra criatura". Que tamanha vaidade está em seus escritos, como por exemplo quando supostamente Nosso Senhor a chama de "Pérola amada do meu coração" (pág.400) Por que Nosso Senhor, Deus Eterno e Supremo, falaria de tal maneira sendo que nem a Virgem Maria jamais falou assim com seus filhos em todas as suas aparições? Nossa Senhora sempre aparecia dizendo "Meu filho; meu servo;".

 

Substituindo o Rosário.

 -Na Página 208 "Jesus" supostamente falou à irmã Faustina sobre a Devoção da Divina Misericórdia e supostamente instruiu-a a respeito daquilo que deve ser dito nas contas do Rosário: "Essa oração irá servir para apaziguar a minha ira. A recitarás por nove dias, nas contas do Rosário, da seguinte maneira "Primeiro, dirás um Pai Nosso, uma Ave Maria e o Creio em Deus. No lugar das contas do Pai Nosso, dirás as seguintes palavras: "Eterno Pai, eu vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade de Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro." No lugar da Ave Maria, dirás as seguintes palavras: "Pela sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro". Em conclusão, recitarás três vezes as seguintes palavras: "Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro" (Sábado, 14 de setembro de 1935).

 

-Iria Deus revelar uma nova devoção a ser dita nas contas do Rosário pouco tempo após a Virgem Maria, sua Mãe, ter vindo à Fátima operar um milagre para revelar, entre outras coisas, a necessidade do Rosário?

Diário da Irmã Faustina condenado!

    S.S. Papa Pio XII colocou esta devoção, incluindo aparições e escritos da Irmã Faustina no Index Librorum Prohibitorum (índice dos Livros Proibidos) considerando que seu conteúdo poderia induzir os católicos ao erro.

 

Por que esta devoção foi instituída anos depois de sua condenação pelo Santo Ofício?

 Sabemos que a Santa Igreja vive uma crise profunda atualmente desde o mais alto clero ao mais simples leigo, a grande responsável disto é a heresia modernista e suas variáveis condenadas por S.S. Papa São Pio X em sua encíclica “Pascendi Dominici Gregis” (1907). A Difusão desta heresia foi avassaladora após o Concílio Vaticano II (1962-1965). E os ditos “papas pós conciliares” são grandemente influenciados por esta heresia. Obviamente sendo estes papas legítimos, jamais poderiam declarar “Ex Cathedra”, ou seja, de maneira infalível uma declaração herética. Como quase tudo na Igreja pós conciliar, é proclamado de maneira “pastoral”, visando não a doutrina católica de sempre, mas sim a “pastoralidade”, há diversos erros doutrinários nas declarações destes papas, e, João Paulo II, não foge à regra.

 Não é por acaso que S.S. Papa João Paulo II instituiu esta devoção. Pois a mesma está em grande conformidade com sua encíclica “Dives in Misericordia” (1980). Pois a teologia do mistério pascal ensinado nesta encíclica deixa de lado toda a consideração da gravidade do pecado e da necessidade de penitência, de satisfação à justiça divina e, portanto, da necessidade da Missa como sendo um sacrifício expiatório, e também, da necessidade de lucrar indulgências e fazer obras de penitência. Tudo isto é considerado sem importância pelo Papa. Este não é o espírito católico! Portanto, façamos a reparação pelos nossos pecados e os atos de desagravo, como o Sagrado Coração de Jesus nos pediu tantas vezes.

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